(poema escrito por Thiago Luiz, em 14/05/2010)
Nós dois formamos uma potência,
em que eu sou o número da base
e tu és a minha expoente infinita,
que me faz crescer numa sequência
onde cada produto é uma fase
da minha vida se tornando mais bonita.
Sou maior que uma unidade
pois, na expressão que é minha vida,
antes de ser minha expoente,
adicionaste docemente
uma incógnita esquecida
da minha felicidade.
E dessa forma, eu vou crescendo,
numa progressão geométrica
em que a razão sou eu,
mas o motivo és tu.
E neste poema, uma métrica
da minha mente vai nascendo.
E eu te digo, minha amada,
que apesar de infinita,
tu és muito mais bonita
do que uma lemniscata.
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Desafio: Faça uma análise dos conceitos matemáticos do poema, respondendo de forma clara às seguintes questões:
a) De que forma a observação feita no primeiro verso da segunda estrofe (“Sou maior que uma unidade”) dá sentido a outras informações matemáticas apresentadas no poema?
b) Este poema mistura poesia com linguagem matemática. Na terceira estrofe, os substantivos “razão” e “motivo”, que em outros contextos costumam ser sinônimos, nesse caso assumem significados diferentes. De acordo com o que foi exposto anteriormente na primeira estrofe, por que a razão da progressão geométrica sou eu?
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